quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Viva as confrarias ou coitado do Juremir


A psicóloga canadense Susan Pinker,  que encerrou  o ciclo de 2017 do Fronteiras do Pensamento,  fez uma revelação sobre a  qual, modestamente, eu já  havia intuído há muito tempo: o segredo da longevidade está nas redes de relacionamento que nos mantem em constante interação.  Quanto mais próximos estivermos dos nossos afetos, mais chances  teremos de chegar de forma saudável aos 100 anos ou mais.  Um abraço vale mais do que qualquer mensagem digital,  porque estabelece a proximidade e provoca reciprocidade efetiva e afetiva.

Em termos de longevidade, isso tem mais peso  do que deixar de fumar ou  respirar ar mais puro, como constatou a terapeuta na sua pesquisa de campo na ilha da Sardenha (Itália), que resultou na obra The Village Effect (sem tradução no Brasil).  Nas visitas às casas do vilarejo de Villagrande, Susan verificou, por exemplo, que todos os moradores  mantém fortes laços com familiares, amigos, vizinhos e conhecidos. Filhos, mesmo morando longe, visitam a família pelo menos uma vez por semana.  Causa e efeito,  o numero de idosos centenários na localidade é 10 vezes do que nos Estados Unidos e no resto da Europa.

Pois, ao afirmar, pretensiosamente, reconheço agora,  que já havia intuído o que prega a conceituada conferencista é porque há muitos anos tenho dedicado parte do meu tempo livre à interação com os meus pares via confrarias.  Já participei e participo de várias, entre as quais a mal afamada Confraria da Caveira Preta, que reunia um grupo de jornalistas em  volta de comida farta, boas bebidas e conversas difamatórias sobre os ausentes.  Porém,  lamento  admitir que,  diferente do que constatou o estudo da especialista, a taxa de letalidade nas minhas confrarias tem sido alta,  talvez porque não baste o encontro e a interação quando o ambiente é a complexidade da metrópole e seus estresses, em contraste com um bucólico lugarejo incrustrado nas montanhas da Sardenha. Não resisto a uma tese!

Fico com o exemplo da Caveira Preta, que  se extinguiu tempos atrás, após a morte do querido patrono , Evaldo Gonçalves e, inevitavelmente, sofreu outras perdas ao longo dos anos, como a do Emanuel Mattos e mais recentemente do Paulo Sant`Anna e do Wianey Carlet, sem contar os casos em que bateu na trave. Mas, também, pudera:  a Caveira Preta,  até para justificar o  nome, era dada a uma mórbida competição, que consistia na listagem, feita no início do ano, dos que se pretendia que fossem chamados para outra dimensão durante o período.  Cada confrade tinha direito a 10 votos e quem acertasse o maior número de vítimas não pagava o jantar de fim de ano.  Valia incluir desafetos, gente pela bola sete e personalidades em geral. Os indicados não podiam ser repetidos nas diferentes listas.  De tanto ser votado, o Sant`Anna decidiu também participar da confraria e ganhou imunidade, mas só naquela congregação e por prazo limitado... 
O Juremir Machado teve mais sorte:  ao ser julgado por excesso de faltas, escapou da expulsão porque, como relator do processo, pedi vistas, salvando a participação do talentoso e polêmico parceiro.  O caso está sub judice até hoje e o coitado do Juremir agora enfrenta outra batalha, ele que está sendo bombardeado pelas esquerdas raivosas por ter convidado o guri do MBL para o seu programa na Rádio Guaíba no dia do julgamento do Lula no TRF-4. A outra  convidada, a filósofa Marcia Tiburi,  teve um faniquito quando viu o japonesinho entrar  no estúdio e abandonou o programa. O Juremir explica, justifica, se desculpa, mas não adianta. O barraco está no ar.  Aí não adianta buscar refúgio na confraria.

Também resta concluir  que,  com o nível de perversidade da Caveira  Preta, agregado a outro tanto de bobagens, ficaria difícil mesmo que as teses da doutora Susan se confirmassem naquele ambiente.  Mas que era divertido, era. E deixou saudade.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O homem que eu invejava


                                       Placa em Portugal e a travessa em Porto Alegre     

O jornalista Antônio Goulart, como interino do meu primo Kadão Chaves na bem frequentada página Almanaque Gaúcho, da Zero Hora, começou uma série de matérias resgatando ruas de nomes curiosos em Porto Alegre. Vale a pena a leitura e também a colaboração dos leitores de todas as cidades, conforme convocação do próprio editor. Pois bem, me antecipei a esse chamamento e reeditei uma crônica de março de 2003 sobre uma das artérias de nome mais curioso – e que se presta a interpretações dúbias – da Capital dos gaúchos. Aí está:

O saudoso Carlos Urbim, em uma de suas viagens à Europa,  postou no Face a foto da placa de uma rua de Lisboa, que segundo o talentoso escritor, dá medo de passar. Pudera, o logradouro lisboeta chama-se Rua do Capado.

São coisas assim que atiçam a minha imaginação. Quem seria o pobre sujeito que teve extirpado seu órgão? O que teria feito para merecer esse infortúnio? Deve ter sido algo de magnitude para ganhar uma rua só pra ele. É o tipo da homenagem da qual eu abriria mão, primeiro pelo motivo que deu causa ao tributo – o único órgão que admito perder e já perdi é o apêndice; e depois, como bem disse o nosso Quintana, “um engano em bronze é um engano eterno” – no caso do Capado, um engano em azulejo português, menos mal.

A postagem do Urbim remeteu-me quase de imediato para o  nome de um espaço público em Porto Alegre que sempre me intrigou e não poucas vezes foi motivo de piadas de baixa extração. Trata-se da Travessa Mário Cinco Paus! Fica no centro, entre a chamada Prefeitura Nova e um prédio do INSS, ligando o final da avenida Borges de Medeiros ao terminal de ônibus da rua Uruguai.  Em tempos idos, já foi um beco, mas recebeu um trato, foi ajardinado e hoje é local de grande circulação.

Isso posto, eis a pergunta que não quer calar: quem foi Mário Cinco Paus, o homem que sempre invejei desde a adolescência, quando só pensava naquilo? Teria mesmo o nosso Mário cinco órgãos genitais?  Como funcionariam: em paralelo, se completando, como pistões de um carro, uns subindo outros descendo? Era um homem realizado e de bem com a vida com seu instrumental diferenciado? E as parceiras do bom Mário como reagiam diante de cinco espetáculos do crescimento? E as pobres filhas do Mário, com esse sobrenome invulgar,  como devem ter sofrido  com brincadeiras de mau gosto, o antigo nome do bulling, nas escolas e outros locais que frequentavam?

Essas indagações, pertinentes e profundas acerca de um personagem da cidade, me acompanharam até os dias de hoje, quando resolvi pesquisar para saber quem foi Mário Cinco Paus.  Aí todas as bobagens que imaginei caíram por terra. O Mário Cinco Paus nada mais era do que um rábula, advogado não formado, que viveu na cidade no século passado. Ficou famoso pelos júris que defendeu e era apreciado pela classe jurídica de Porto Alegre. A alcunha que acompanha o sóbrio nome de Mário seria derivada de sua maestria  no popular jogo do pausinho, que reunia intelectuais, frequentadores da Livraria do  Globo e jovens advogados em animadas rodadas no Chalé da Praça XV. O dr.Mário costumava limpar seus oponentes no jogo do palitinhos. No primeiro governo do prefeito Loureiro da Silva (1937 a 43) esta figura quase folclórica foi homenageada com o pequeno trecho de pouco mais de 30 metros.
A placa de identificação do trecho revela que foi um filantropo, talvez por falta de outros predicados para ser em destacados, além de algo como O Rei do Pausinho ou O Mestre do Palitinho. Convenhamos, não ficaria bem.
E lá se foi minha inveja e meu complexo de inferioridade.

Março/ 2013

domingo, 21 de janeiro de 2018

Um tributo aos assessores de imprensa


Cada vez que um órgão público é cobrado porque falhou no cumprimento da sua missão, ou é provocado a  dar explicações sobre o inexplicável, juro que me compadeço dos assessores de imprensa dessas instituições. Imagino os  coitados  se debatendo, aflitos e desamparados, buscando formas para enfrentar a crise do momento.  Fico penalizado até mesmo com a assessoria do Instituto Lula, a emitir  notas oficiais quase diariamente para contrapor às  denuncias, tantas e tão  frequentes, contra o ex-presidente. O  Jornal Nacional chegou a criar uma vinheta gráfica para demarcar as versões dos acusados e, assim, justificar que ouviu ou tentou ouvir todos  os lados, uma prática ainda válida  para  o jornalismo.

Agora mesmo acompanho a  tentativa do Detran do Rio de Janeiro de explicar porque  o sujeito que atropelou os caminhantes do calçadão de Ipanema, mesmo com mais de 60 pontos  em multas, abriu processo  para ter uma nova carteira de motorista. Vão explicar, explicar e não vai adiantar nada. Mesmo  que tivessem uma explicação convincente - e  não é  o caso – a versão que vai ficar é de um órgão burocrático, ineficiente e sem controle sobre os processos de sua responsabilidade. 

Na raiz da minha solidariedade à aguerrida tribo dos assessores de imprensa de órgãos públicas está o fato de que já  frequentei esse lado do  balcão. Na Prefeitura  de Porto Alegre, no governo do Estado e na Assembleia  Legislativa tive  experiências enriquecedoras, a maioria, mas traumáticas muitas vezes.  No âmbito municipal, prestador  de serviços por  natureza, um bico de luz apagado na frente da sua casa pode virar crise, o  que dirá dos buracos nas ruas, da água que falta,  da capina atrasada e das obras paradas. No governo do Estado e na Assembleia a cobrança é direcionada mais  para as questões políticas, terreno igualmente  minado.  Os  governantes e os parlamentares são, permanentemente, grandes vidraças.

Confesso que fico aliviado quando não  estou envolvido com os  rolos que aparecem na mídia dia sim, outro também.  Pode  ser um sentimento  menor, mas é assim que funciona. Até tentei, tempos atrás, contribuir com a  categoria, ao produzir um TCC no final do MBA em Jornalismo Empresarial, na então Esade, que intitulei pretensiosamente de Vida real em assessoria de imprensa de gestão pública:  pragmatismo em dez mandamentos.  

Pra resumir, diria  que me agradam especialmente dois mandamentos. Um deles é  o sexto, mas deveria ser o primeiro: "Tenhas consciência de que se o governo é bem avaliado, o mérito é do governante; caso contrário, a culpa é da comunicação".  Esse mandamento foi inspirado numa frase parecida, que ouvi de Ibsen Pinheiro, a quem tive a honra de substituir na Comunicação do Palácio Piratini, no governo Rigotto. O outro é o quarto mandamento: "Estejas sempre alerta porque alguém, em algum lugar, está provocando problemas sobre os quais você terá que responder",  dando conta de que serviço público tem costas largas e responde por suas mazelas e, muitas vezes, por  outras que lhe dizem respeito apenas secundariamente. Mas a cobrança vem igual e é preciso estar  atento e forte.

Para que este textão não vire um novo TCC, encerro como conclui o trabalho acadêmico: caberia incluir o 11º mandamento, talvez  o mais importante - "No serviço público, de tédio não  se morre".


sábado, 13 de janeiro de 2018

O livro errante


Sou chegado a uma tese. Mania de jornalista. Muitas vezes a realidade não colabora e a tese não se confirma. Agora na condição de cronista, devidamente publicado, reforcei a ideia – a tese! – de que escritor que se preza tem que ter obra nos balaios de ofertas da Feira do Livro de Porto Alegre, além de presença nas estantes dos sebos da cidade e ser vendido como usado pelas livrarias digitais. Já adquiri verdadeiras preciosidades nos balaios da Feira e depois que encontrei até best sellers  de Paulo Coelh nesses balaios, anunciados a  dois por R$ 15,00, tive a confirmação da tese.

Por  enquanto, galguei apenas dois degraus rumo ao reconhecimento a que almejam todos os que engatinham nas artes da escrita. Os livros  que escrevi ou participei  (Crônicas da Mesa ao Lado, Dueto e DezMiolados) podem ser encontrados em pelo menos três livrarias e numa delas (a Nova Roma, na rua General Câmara) dividem a vitrine de sebos com outras obras, a maioria de autores bem mais consagrados. Para mim não importa se as companhias são mais ou menos famosas: ali o que diferencia um livro do outro é o preço aplicado com post it nas capas. As capas, aliás, devem chamar a atenção de quem passa, como bem apregoa meu capista preferido, o Cézar Arruê. É o caso do Crônicas e do Dueto.

Agora descobri que também passei a fazer parte do circuito das livrarias digitais. Em pesquisa sobre outro  assunto acabei me deparando com a oferta do Crônicas  na Estante Virtual ( https://www.estantevirtual.com.br/livrariamosaico/flavio-dutra-cronicas-da-mesa-ao-lado-451984851). O livro é apresentado da mesma forma como o autor  se autodenomina - Seminovo/Usado -  e a origem declarada do exemplar é a Livraria Mosaico, de Porto Alegre. Não sei como o livro foi parar lá. Acho até que perseguir a trajetória  desse exemplar poderia resultar num bom conto. Daria o título de  “O livro errante”, que tal? Vai ver que o comprador original precisava de uma grana e acabou sacrificando o Crônicas e desfalcando sua biblioteca.  Gosto dessa  hipótese porque revelaria uma utilidade altruística para o livro, algo que o autor  jamais  imaginou ou sequer ouviu nas conversas da mesa  ao lado.

Vale  acrescentar a descrição do site para as condições do exemplar oferecido: "Bom estado de conservação, sem páginas sublinhadas ou danificadas. Acabamento: Brochura. Formato: Médio. Exemplar higienizado". O preço é  convidativo: R$ 15,00, mais R$ 6,21 pelo envio (o preço original era R$ 25,00)  e, veja só, pode ser parcelado em até12 x no cartão de crédito.

O  que me intriga ainda mais é  que existe um outro exemplar  oferecido no Sebo Fulô, em Santa Maria, a R$17,00 mais R$8,21 pelo envio ( aceita parcelamento em 12 x). Também desconheço como esse outro desgarrado Crônicas foi parar na Boca do Monte. Pode ser uma outra boa história a ser desvendada.

Sabem o que tudo isso significa: nada para a maioria ou a glória para um autor iniciante.



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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Eles mudaram o curso da história


Não estou me referindo a qualquer liderança politica e sim a uma categoria nem sempre reconhecida: os motoristas profissionais. São eles que sabem a direção certa, os melhores caminhos e, quando chamados a participar das grandes decisões , respondem com integridade e até influenciam no curso da história. Exemplos recentes não faltam. O caso mais notório é  do ex-motorista de Fernando Collor, Eriberto França, que  denunciou  pagamentos indevidos ao  então presidente e isso foi decisivo no processo que resultou no impeachment.

Só que a realidade, às vezes, é cruel, tanto assim que Eriberto, conhecido como o “motorista que derrubou Collor”, amargou o desemprego por um bom tempo, enquanto o ex-presidente voltou ao Senado e às maracutaias, uma vez que tem sido citado com assiduidade como envolvido na Lava Jato.

Não é motorista, mas mesmo assim merece o registro pelas atitudes que tomou, o caseiro Francenildo  Costa em meio ao escândalo do Mensalão. Ele denunciou os contatos de Antonio Palocci, então ministro da Fazenda de Lula,  com lobistas desejosos de “negociar” com o governo ,  teve seu sigilo bancário quebrado, o que acabou servindo para tornar insustentável a permanência do denunciado no cargo.  

Francenildo  também enfrentou o desemprego, mas, se serve de consolo, Palocci, diferente de Collor,  está preso, eis que, corrupto reincidente, foi condenado na Lava Jato.

Agora denúncias de dois motoristas complicam a posse como ministra do Trabalho da deputada  Cristiane Brasil, que descumpriu a legislação trabalhista na relação com os dois profissionais. A deputada violou uma regra básica: os motoristas, que tudo ouvem e a tudo assistem, são cargos de confiança por excelência e como tal devem ser tratados.

Eu poderia falar também do papel desempenhado por ex-mulheres, ex-namoradas e ex-amantes no esclarecimento dos grandes escândalos nacionais, mas não o farei justamente para não diminuir a participação dos motoristas nesses casos. Eles são movidos certamente por espírito cívico, enquanto elas...

sábado, 6 de janeiro de 2018

6.8 : Voces ainda vão ter que me aturar


Ao completar 6.8, ainda em estado de seminovo, admito que tenho cuidados redobrados  ao atravessar as ruas e avenidas mais movimentadas. Meu grande temor é o vexame da manchete do dia seguinte, algo do tipo “Sexagenário atropelado por ciclista”.  Parece que o termo sexagenário está em desuso na nossa imprensa e aí o editor maldoso vai apelar para uma solução mais vexatória, se o acidente ocorrer num bairro mais distante do Centro Histórico: “Carroça atropela idoso na Aberta dos Morros”.  Convém lembrar que Aberta dos Morros é um dos tantos bairros que aparecem nas minhas correspondências e por aqui ainda circulam carroças. E aí mora o perigo.



A preocupação que me leva a fazer essa advertência tem a ver também com o pessoal que costuma pular a cerca: cuidado com a manchete do dia seguinte.  Vai que o marido descornado resolva, como se dizia antigamente, “lavar a honra” e o faça com um 38 carregado de balas.  Aposto que a manchete do dia seguinte vai falar em “crime passional”.  Se você tiver a sorte de escapar vivo ainda vai ter que dar muita explicação porque a humilhação já estará espraiada.  Entretanto, podia  ser pior caso o lavador da honra fosse você e, bem pior , se fracassasse na vindita.  A manchete do dia seguinte só poderia ser essa naquele jornal popular:  “Corno, vingativo e ruim de pontaria”.



Penso que é inevitável  associar essas divagações àquelas homenagens que podem se eternizar e sobre as quais não teremos nenhum controle no futuro. Acredito mesmo que, se pudessem escolher, Rubem Berta e Mário Quintana, por exemplo, evitariam batizar com seus afamados nomes duas comunidades de Porto Alegre onde campeia a violência, com todo o respeito às famílias lá residentes, que também são vítimas da bandidagem local.



Fico imaginando -  até já escrevi sobre isso - se algum puxa saco resolver  me homenagear quando eu partir dessa para outra dimensão e batizar aquele beco perdido no cafundó do judas de Travessa Flávio Dutra e vale também para outros espaços públicos. Já estou até vendo as manchetes e títulos dos tabloides populares: “Traficantes tomam conta do Beco Flávio Dutra”,  ou “Prostituição infesta praça Flávio Dutra”,   ou a pior  - “Ninguém aguenta mais o mau cheiro da Flávio Dutra”.  Certamente vou me remexer na cova.  O que me conforta é que ainda vai demorar muito até eu merecer uma placa em logradouro público. Como diria mestre  Zagalo, “vocês vão ter que me aturar”